Hoje vivem no Japão aproximadamente 250.000 brasileiros onde a grande maioria é descendente dos imigrantes japoneses que foram ao Brasil. Isso foi possível devido à permissão concedida pelo país à entrada de descendentes japoneses. Geralmente, os descendentes são vistos pelos japoneses como parte de uma família fracassada, pois desistiram de sua própria história. Assim surgem os termos Cidadão de segunda e terceira classe, o chamado Nissei e Sansei. E apesar dos antepassados serem legítimos japoneses, a seguinte geração de descendentes japoneses é visto pelo país como estrangeiros e usam a denominação Gaijin.
Mas afinal de contas, o que somos? Se estivermos no Brasil, somos parcialmente considerados japoneses pela sociedade brasileira. Se estivermos no Japão, somos parcialmente considerados brasileiros pela sociedade japonesa. Independente do país em que vivermos, sempre será taxado como estrangeiro. No Brasil, país onde nascemos têm todos os registros e uma nacionalidade bem definida. Tanto é que os descendentes ¨brigam¨ com a sociedade brasileira afirmando com todas as forças de que é brasileiro e não japonês. Apesar de a sociedade saber disso, a imagem que eles têm é que realmente somos japoneses.
Isso
gera uma verdadeira crise de identidade. Para a maioria chega a ser um incomodo
quando se tem uma nacionalidade brasileira e está sendo visto como japonês.
Pior ainda são para os Dekasseguis descendentes que quando chegam ao país de
seus antepassados, sempre é visto como um Gaijin.
As
comunidades brasileiras no Japão acabam se tornando uma espécie de refugo para
os descendentes. Isso cria uma identidade para nós e sem percebermos nos
confortamos com esse país criado às ilusões. É muito comum nos escondermos
atrás deste mantra, sentimos uma falta de direção, um vazio no coração, uma
ferida em nosso orgulho, uma falta de identidade, uma falta de país para
idolatrarmos e uma vida de idas e vindas a esse Japão que nos acolhe e ao mesmo
tempo nos repudia.
Com
base nos fatos relacionados, entender parece ser obrigatório. Nada se resumi a
este sentimento que sempre insistimos em esconder, ocultar e abafar para não
criar tal incômodo em nosso viver esclarecedor. Tantos são os objetivos em
nossas vidas que às vezes esse tipo assunto não causa discussões entre
envolvidos. Mas para um resumo mais sensato, observe que quando vem o dia a
dia, sempre tem alguém nos chamando de japonês. Um forte abraço. Sucesso
Sempre!
ADMINISTRE E ENRIQUEÇA
Eu nao vivo no Japão, mas a cultura desse país é muito interessante. Gosto dos filmes e das músicas e nem precisa falar da tecnologia.
ResponderExcluir>>> seguindo, segue de volta?
http://mmelofazminhacabeca.blogspot.com.br/2013/02/cloud-project-claudio-matos.html
Olá Marcela! Uma ótima oportunidade para conhecer o país! Seja bem vinda, já estou te seguindo também.
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