Entenda por que ficamos tanto tempo no Japão

De 2 a 3 anos de estadia. Essa foi a resposta que mais ouvi de brasileiros recém-chegados ao Japão sobre quanto tempo pretendem ficar no país. Essa também é a resposta de muitos brasileiros que retornaram pelo menos uma vez ao Brasil e estão de volta ao Japão.

Nesse intervalo pré-estabelecido pelas pessoas, independente de quantos anos se pretende ficar, muitas coisas tomam rumos completamente diferente. Mas por que isso acontece? Óbvio que n fatores acontecem em nossas vidas, fazendo com que tomemos algumas atitudes que estejam fora do script inicial.

Então pode se dizer que é tudo culpa do acaso.

Mas... Será mesmo?

Pense. Será mesmo?

Tudo bem que existem casos bem extremos, mas...

Já vi pessoas que tinham acabado de chegar ao Japão pela primeira vez, contando planos, contando estórias, toda entusiasmada e já nos primeiros meses começarem a reclamar por algum motivo ou outro e de repente irem embora sem ao menos se preocupar com os planos iniciais da sua chegada. Claro que cada um cuida da sua vida e faz dela o que bem quiser. Quero deixar bem claro que estou apenas tentando abrir a mente das pessoas que queiram ser ajudadas e por isso trouxe ao tópico.

 

O mesmo acontece ao inverso também. Pessoas que dizem querer ficar pouco tempo e acabam por ficarem anos. Esquecem completamente do plano inicial e ainda em alguns casos existem brasileiros que nem desejam mais voltar a residir no Brasil.

Em ambos os casos, o objetivo inicial foi praticamente deixado de lado ou simplesmente esquecido. Há quem diga que não. Que os objetivos estão sendo cumpridos e que o fato de estar tanto tempo ou pouco tempo no Japão é tudo culpa da economia. As pessoas gastam excessivamente, e fazem tudo que gostam, compram o que gostam e por muitas vezes gastam com coisas fúteis e no final dizem que é tudo culpa da economia, da crise mundial.

Mas afinal, por que ficamos tanto tempo no Japão?

Claro que devam existir milhares de fatores diferentes, pois cada um é cada um. Todos têm seus motivos pessoais e o livre arbítrio de escolher qual a melhor opção para sua vida. Mas o principal motivo de ficarmos tanto tempo no Japão é a falta de Planejamento. Comecei a perceber isso em mim primeiro e depois reparei que as pessoas ao meu redor também não tinham planejamento algum.

Analisando todos os fatores, percebemos que há várias situações e inúmeros motivos para alguém querer estar ou não em algum lugar. Envolto a tudo isso, o planejamento é de extrema importância para contornarmos qualquer situação que venha a decorrer durante a estadia. Na verdade, o que quero que entenda é que você pode fazer tudo que quiser que esteja dentro do seu alcance. Não precisa abdicar de coisas que gosta de fazer, mas com um planejamento disciplinado você viverá como sempre viveu e terá resultados que sempre esperou e não irá mais precisar fechar os olhos para não ver a situação piorada.

No próximo tópico mostrarei como planejar melhor sua estadia no Japão. Administre melhor sua vida e perceberá que pode ter resultados excelentes sem precisar ter que vegetar para atingir suas metas. Tanto para quem está chegando agora, ou para quem está a um tempinho ainda ou mesmo para quem já está há anos nesse país, não perca as dicas que irei postar no próximo post. Quem sabe a resposta que você tenha pensado no começo deste post, pode começar a mudar e tomar ares diferentes na sua vida. Um forte abraço e Sucesso Sempre!

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Japonês, brasileiro ou dekassegui? Gaijin? Brasileiro? O que somos na verdade?

Hoje vivem no Japão aproximadamente 250.000 brasileiros onde a grande maioria é descendente dos imigrantes japoneses que foram ao Brasil. Isso foi possível devido à permissão concedida pelo país à entrada de descendentes japoneses. Geralmente, os descendentes são vistos pelos japoneses como parte de uma família fracassada, pois desistiram de sua própria história. Assim surgem os termos Cidadão de segunda e terceira classe, o chamado Nissei e Sansei. E apesar dos antepassados serem legítimos japoneses, a seguinte geração de descendentes japoneses é visto pelo país como estrangeiros e usam a denominação Gaijin.

Mas afinal de contas, o que somos? Se estivermos no Brasil, somos parcialmente considerados japoneses pela sociedade brasileira. Se estivermos no Japão, somos parcialmente considerados brasileiros pela sociedade japonesa. Independente do país em que vivermos, sempre será taxado como estrangeiro. No Brasil, país onde nascemos têm todos os registros e uma nacionalidade bem definida. Tanto é que os descendentes ¨brigam¨ com a sociedade brasileira afirmando com todas as forças de que é brasileiro e não japonês. Apesar de a sociedade saber disso, a imagem que eles têm é que realmente somos japoneses.

Isso gera uma verdadeira crise de identidade. Para a maioria chega a ser um incomodo quando se tem uma nacionalidade brasileira e está sendo visto como japonês. Pior ainda são para os Dekasseguis descendentes que quando chegam ao país de seus antepassados, sempre é visto como um Gaijin.

As comunidades brasileiras no Japão acabam se tornando uma espécie de refugo para os descendentes. Isso cria uma identidade para nós e sem percebermos nos confortamos com esse país criado às ilusões. É muito comum nos escondermos atrás deste mantra, sentimos uma falta de direção, um vazio no coração, uma ferida em nosso orgulho, uma falta de identidade, uma falta de país para idolatrarmos e uma vida de idas e vindas a esse Japão que nos acolhe e ao mesmo tempo nos repudia.

 

Com base nos fatos relacionados, entender parece ser obrigatório. Nada se resumi a este sentimento que sempre insistimos em esconder, ocultar e abafar para não criar tal incômodo em nosso viver esclarecedor. Tantos são os objetivos em nossas vidas que às vezes esse tipo assunto não causa discussões entre envolvidos. Mas para um resumo mais sensato, observe que quando vem o dia a dia, sempre tem alguém nos chamando de japonês. Um forte abraço. Sucesso Sempre!

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Quase uma semana sem o cigarro e...

Demorou um pouco aos amigos perceberem que eu tinha parado de fumar. Talvez um ou outro tenha percebido, mas a maioria veio me perguntar somente no segundo dia. Alguns acharam estranho, outros apoiaram, outros foram indiferentes e assim percebi várias reações dos amigos, conhecidos e colegas. Cada um deve ter pensado a sua maneira.

Bom, agora pergunto a mim mesmo. E você Rodrigo, qual foi a sua reação? Respondendo de forma simples e clara, eu não sei... É estranho no começo, parece que a gente fica um pouco envergonhado, alguém pode tirar um sarro, sei lá... Gostaria de saber a sua opinião também, pois seria muito importante. Acho que a resposta não foi tão simples e clara assim não é mesmo? Rs...

A única coisa que posso responder com clareza é que tive várias reações completamente fora dos padrões que vinha levando nesses anos de fumante. Talvez por ter parado assim, de repente. Fiquei bastante ansioso nos dois dias iniciais, pensava a todo o momento no cigarro mas colocava na mente que minha meta seria alcançada. Eu tinha que parar por que queria. Simplesmente eu. Mas a vontade de fumar voltava à tona, no trabalho, em casa, no banho, nos momentos de lazer, em tudo que eu fazia. Mas por um momento eu esquecia, lembrava novamente, esquecia. E nessas idas e vindas, percebi que se passaram três dias e eu não havia colocado sequer um cigarro na boca.

Comemorei bastante, com muita alegria e com uma cervejinha. Tomar uma cerveja sem fumar um cigarro seria a prova mais difícil que eu poderia enfrentar, pois na minha vida eu nunca tomei uma cerveja sem estar acompanhado de cigarro.

Mais um teste concluído. Vitória!

Já no quarto dia percebi que o placar estava totalmente á meu favor. Estava muito feliz e falando para todo mundo que eu encontrava que tinha conseguido parar de fumar. Foi assim que percebi que estava colocando mais testes para mim mesmo. Mais um teste? Foi aí que parei e pensei. Agora, o mais importante. Preste muita atenção. Se você é um fumante com a intenção de parar, não cometa um erro que cometi no início deste projeto. Não fique fazendo testes em você mesmo. Eu fiz vários testes e quase sucumbi ao erro, pois estava forçando uma possível volta ao cigarro.

Caso seja necessário passar por testes iniciais, tudo bem. Mas não se esqueça, os testes devem ser feito somente no início. Depois disso, condicione seu cérebro a acreditar que você não é mais um fumante e que não precisa mais ser testado.

Quando percebi que estava no quinto dia sem fumar, foi um grande alívio. Ainda penso muito no cigarro, principalmente quando vejo alguém fumando. Tento mudar meus hábitos para desviar a atenção. Hoje mesmo fui a um restaurante e sentei na área destinada aos não fumantes. Fiz questão de sentar bem longe dos fumantes.

Quase uma semana sem o cigarro e posso chegar a uma conclusão. Não é impossível parar de fumar definitivamente. Muitas pessoas dizem que é uma questão de opinião. Será que é tão fácil assim? Já ouvi fumante dizer que a hora que quiser ele para de fumar. O problema é, quando ele vai querer? Será tão simples assim? Será mesmo uma questão de opinião?

Enquanto o fumante não perceber que o vício é maior que tudo isso, ele não conseguirá parar de fumar, mesmo quando ele quiser. Já ouvi fumantes também dizerem que não são viciados na nicotina do cigarro. Eu, particularmente me agarrava nessas frases e dizia a mesma coisa. Tudo para não parar de fumar. Eram apenas justificativas inerentes a essas frases e afirmações que nós mesmos criamos em nossas mentes.

Somente os fumantes podem saber o quão é difícil parar de fumar. Quem nunca fumou não tem ideia e até discrimina fumantes, como se fosse apenas falta de vergonha.

Estou tratando este assunto seriamente e desta vez não usarei a palavra desafio e sim a palavra convido. Convido todos a fazer parte deste projeto, ajudando um ao outro para que de forças e incentivo.

Se preferir entre em contato pelo Japan Manager Contact e deixe sua mensagem. Um forte abraço e Sucesso Sempre!

¨ADMINISTRE E ENRIQUEÇA¨

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